9 de jan. de 2011

COMUNIDADE QUILOMBOLA DE ALAGOAS

Discriminação permeia remanescentes de Quilombos em Alagoas
“Nós vivemos em meio a muitas dificuldades. Falta união e esclarecimento do povo”-Genilda M. Q. Silva - Líder Quilombola
Discriminação permeia remanescentes de Quilombos em Alagoas
No começo eram centenas de homens, mulheres e crianças que emprestavam seu suor a vida com um só objetivo: viver a liberdade. Fugiam do tronco, da chibata e das senzalas. Hoje são comunidades rurais que lutam para sobreviver e sofrem com a discriminação que permeia historicamente a trajetória dos negros remanescentes de Quilombos em Alagoas.
Formados pós-abolição por Afro-Descendentes, os Quilombos atuais em Alagoas são comunidades produtivas de culturas de sobrevivência, e excluídas da macrocultura dominante da cana de açúcar. São grupos de Afro-Descendentes em que variam o grau de consciência de uma Cultura Quilombola, ora intensa e presente, ora frágil e apagada. Mas, de uma forma ou de outra, se faz presente por uma consciência étnica de suas origens africanas. “Nós vivemos em meio a muitas dificuldades. Falta união e esclarecimento do povo”, explica Genilda Maria Queiroz Silva, líder quilombola da comunidade Carrasco, em Arapiraca.
Ao todo Alagoas possui 65 comunidades remanescentes de quilombos. Carrasco junta-se a Lagoa das Pedras, Barro Preto, Serra das Viúvas, Jaqueira, Pau D’Arco, Cajá dos Negros, Guaxinim, Povoado da Cruz e outros. Grupo de 50 comunidades já certificadas pela Fundação Cultural Palmares. Com a certificação eles conseguiram que lhes fossem assegurados os direitos constitucionais de propriedade sobre a terra e de políticas públicas específicas. “A certificação trouxe mais respeito. A cópia deste documento faz com que os olhares sejam diferentes. Quando mostramos este reconhecimento para o Brasil, nos afirmamos enquanto quilombolas”, desabafa a líder da Carrasco.
O Estado ainda possui 15 comunidades que não foram certificadas. No entanto, esta realidade deve mudar até o final de novembro. Cal, Mundumbi, Sítio Alto de Negras, Tupete, Melancias, Perpétua, Mumbaça são alguns dos grupos que aguardam ansiosos pela certificação. Apesar de ainda não serem certificadas, elas já receberam o mapeamento étnico cultural realizado pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (ITERAL). “O objetivo de nosso trabalho junto a estes grupos foi também fortalecer a organização das Comunidades Quilombolas como sujeito político nesse processo de conquista de direitos que visem à melhoria da qualidade de vida e valorização da identidade”, explica Geraldo de Majella, presidente do ITERAL.
Constituídos a partir de uma grande diversidade de processos, os grupos hoje considerados remanescentes de Quilombos em Alagoas guardam características semelhantes em relação à saúde, educação, religião e atividades artísticas. Além disso, lutam diariamente pelo direito de serem agentes de sua própria história.
“A gente tem que buscar todos os dias pelos nossos direitos. Se ficarmos sentados, nada chegará até nós”, disse Manoel Oliveira da Comunidade Mumbaça, em Traipú. Formada por 100 famílias, a comunidade encontra na agricultura e artesanato sua principal fonte de renda.
Fonte: Gazeta Web/ Globo

UMA GRANDE HOMENAGEM

Homenagem ao N`Kissi Mutakalombo
Dia 15 de janeiro a partir das 20 horas em Itapecerica da Serra(SP)
O Nganga-Nkissi Katuvanjesi tem a honra de convidar Vossa Senhoria e Excelentissima Familia para o evento conforme programação abaixo

DIA 15 DE JANEIRO/ 2011
Kizoomba ie Nkembu Kwa N`Nkissi Mutakalombo Ye Kizoomba kwa kituminu kwa Koota Kitamazi N`ganga)
(Festa em Homenagem ao N`Kissi Mutakalombo e Obrigação de 14 anos de iniciação e reafricanização no candomblé congo-angola e Festa da Kota Kitamazi N`ganga), DRª EUNICE R. BERNARDES, Diretora-Presidente do Nzo Tumbansi
Dia 15 – sábado
20:00 horas
Recepção aos convidados,visitantes e autoridades tradicionais afro e religiosas
20:30 horas
Cerimônia Tradicional de Entrada no Salão de Culto do Nganga-N`Kissi Katuvanjesi e todo Clero afro religioso bantu do Nzo Tumbansi.
21:00 horas
Celabração e Louvação aos Bankissi.
22:00 horas
Kizoomba kwa Mukini kwa Mutakalombo
(Festa e dança sagrada do nkissi Mutakalombo e Nkongombila)
 Sede Social: Estrada de Itapecerica, nº 5.205 – Jardim Campestre – ref.: logo depois da Passarela do Valo Velho/Motel Vila Azul e Fazenda do Tião – Itapecerica da Serra(SP)
Tel. (11)4165.4333

GRANDE HOMENAGEM AO SR. ODÈ

Homenagem a Oxossi
Dia 22 de janeiro às 20hs no Vale dos Orixás em Bauru / Piratininga
Homenagem a Oxossi

A LAVAGEM DO BONFIM

Inscrições para a Lavagem do Bonfim (BA)
O prazo para participar da Festa, encerra-se nesta sexta dia 7 de janeiro
Inscrições para a Lavagem do Bonfim (BA)
Salvador - A Empresa Salvador Turismo (SALTUR) informa que os grupos e entidades interessados em participar do cortejo da Lavagem do Bonfim, segundo mais importante evento da cidade, têm até o dia 7 de janeiro, para realizar a inscrição. Somente com o documento emitido pela SALTUR o grupo terá acesso à Avenida Contorno, local de concentração e de partida do cortejo. A Gerência de Festas Populares expressa que é totalmente proibida a utilização de cordas pela entidade inscrita. A inscrição deve ser feita na sede da Saltur, em frente ao Dique do Tororó, entre 14h e 18h.
A Lavagem das Escadarias do Bonfim, é a principal festa religiosa da Bahiae a segunda maior manifestação popular do país. As homenagens tiveram início em 1754, quando a imagem do Senhor Crucificado – trazida em 1745 pelo Capitão do Mar e Guerra da Marinha Portuguesa, Teodósio Rodrigues – foi transferida da Igreja da Penha, em Itapagipe, para a sua própria Igreja, na Colina Sagrada.
Os festejos acontecem tradicionalmente na segunda quinta-feira do mês de janeiro, onde milhares de baianos e turistas acompanham o cortejo que sai da igreja da Conceição da Praia, no Comércio, em direção à Colina Sagrada, e acompanham a lavagem das escadarias da basílica do Senhor do Bonfim, ponto alto das comemorações. O ritual é realizado por Baianas vestidas com trajes típicos, carregando vasos com água-de-cheiro (mistura de seiva de alfazema com água de flores) para lavar as escadarias e o adro do templo.
Desde o início das homenagens, diversas alterações, mudanças e repercussões permeiam a tradicional festa baiana, que faz parte da história de muitos católicos e também de devotos de Oxalá, divindade do Candomblé que é associada ao Senhor do Bonfim.
Parece-nos que esta interferência do Poder Público Municipal junto a manifestações Culturais, Religiosas e rigorosamente democráticas, se dá em virtude da descaracterização do evento por elementos que aproveitam o manifesto para condutas e atitudes que ferem o preceito moral do Culto de Oxalá. Se é este o real motivo da interferência do Governo Soteropolitano, nossos sinceros parabéns à atitude.
Fonte: A Tarde
Jornal do Povo

''AFOXÉ OMO OSÙN''

Lei inclui ‘Afoxé Omo Oxum’ no Calendário de Sergipe
Lei inclui ‘Afoxé Omo Oxum’ no Calendário de Sergipe
Aracaju - O ano de 2011 começou a todo vapor para a cultura de Sergipe. O governador Marcelo Déda sancionou a lei que inclui o ‘Afoxé Omo Oxum’ no calendário cultural do Estado. A iniciativa de incluir o evento partiu da deputada estadual Ana Lúcia, e teve o apoio da secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino. O Afoxé, como é conhecido, é uma manifestação cultural composta por pessoas que fazem parte do segmento afro-descendente e acontece no dia 8 de dezembro, em louvor a Oxum, Orixá das águas doces cultuada pelas religiões de matriz africana. No Brasil, Oxum é adotada e cultuada em todas as religiões afro brasileiras. Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de Senhora do Ouro.
A secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, comemorou a publicação da Lei e afirmou que esse reconhecimento pelo Governo do Estado já era esperado. “O Afoxé é um evento tradicional e cultural que tem um papel fundamental na luta pela igualdade racial, e isso vai além de uma manifestação de louvor, tem um papel de grande importância social. Desde a época em que fui secretária de comunicação salientei sobre a importância de incluir esse evento no nosso calendário cultural, pois a cada ano aumenta o número de adeptos a essa manifestação, demonstrando que a população sergipana, mesmo que pertençam a outras religiões aprovam e reconhecem o evento como uma manifestação não só cultural, mas com o aspecto e a responsabilidade social de acabar com o preconceito seja racial ou religioso”, constatou.
Um dos objetivos do evento é o de reduzir o preconceito contra as mulheres negras e a religião africana, além de mobilizar a população para a luta pelos direitos femininos e de igualdade racial. Diversos municípios sergipanos apóiam o evento, além de Instituições e ONG’s, que se mobilizam para realizar um grande ato em louvor a Oxum, mas principalmente, em prol da igualdade racial e ao reconhecimento e respeito por todas as religiões. O cortejo que acontece a seis anos consecutivos é organizado pelo terreiro Abaçá São Jorge, e é uma verdadeira celebração à pluralidade e ao sincretismo religioso. De acordo com a Ialorixá do terreiro, Mãe Marizete, reconhecer a celebração a Oxum é uma forma de reconhecer e respeitar o sincretismo religioso que existe no estado. “O evento cresce a cada ano, e as pessoas estão cada vez mais se reconhecendo e respeitando a pluralidade de religiões que existe em Sergipe. É muito gratificante receber a notícia de que agora o evento é reconhecido oficialmente pelo nosso Estado como uma manifestação cultural de suma importância”, disse.
Fonte: Fax Aju