25 de jul. de 2011

DIVULGAÇÕES NECESSÁRIAS

Credito: Christopher EudesCredito: Christopher Eudes
Baba Iyamife, Diego de Logun Edé e Wilton de Oxossi visitaram ontem o Jornal da Manhã
Baba Iyamife, autoridade em candomblé, foi de São Paulo para Ponta Grossa/PR especialmente para receber uma homenagem, no próximo dia 28, concedida a ele, pelo Conselho Mediúnico do Brasil, federação estadual que é sediada em Curitiba. O motivo é sua importância em trabalhos que referenciam a africanidade na região dos Campos Gerais. Baba Iyamife também aproveita a passagem por Ponta Grossa, onde permanecerá por cerca de dez dias, para dar início a ações para difundir informações sobre o candomblé na cidade. Nesse sentido, a intenção é promover atividades que venham esclarecer melhor a população, não apenas sobre a religião, mas também sobre a cultura, culinária, vestimentas e linguagem relacionadas ao candomblé. “Existe a crença errada de que candomblé e umbanda cultuam demônios. Algo totalmente errado, já que nós nem mesmo acreditamos em um ser que possa competir com Deus, sendo ele ‘'o Todo-Poderoso”, explica Iyamife. Nos próximos dias, ele pretende organizar na cidade palestras para discutir e esclarecer as atividades do candomblé.
O ritual do candomblé, de origem africana, pode ser considerado, do ponto de vista musical, um oratório dançado. Cada entidade (orixá, exu ou erê) tem suas cantigas e suas danças específicas. O canto é puxado, em solo, pelo pai ou mãe-de-santo e é seguido por um coro em uníssono, formado pelos filhos-de-santos. Da cerimônia participam três instrumentos básicos: os atabaques, o agogô e o piano-de-cuia (aguê). Esse candomblé pode ser considerado mais ou menos ortodoxo, já apresentando como um resumo de várias religiões trazidas pelos negros da África e incorporando elementos ameríndios, do catolicismo popular e do espiritismo.


Nota: Os comentários e opiniões aqui expressadas, são de inteira responsabilidade do JORNAL DA MANHÃ DE PONTA GROSSA (autor: Danilo Kossoski).
The Journal Of The Federation, agradece a colaboração

Com participações especiais

      Isca de Polícia homenageia Itamar Assumpção

Arrigo Barnabé, Serena Assumpção, Jards Macalé e Ná Ozzetti participam do show tributo “Nego Dito – Homenagem a Itamar Assumpção”



A banda Isca de Policia acompanhou Itamar Assumpção em diversos momentos de sua carreira. (foto: Divulgação)


Entre os dias 29 e 31 de julho, a banda Isca de Polícia apresenta na Caixa Cultural de Curitiba o show “Nego Dito – Homenagem à Itamar Assumpção”, um tributo ao músico paulista. Grandes nomes da MPB participam da homenagem: Jards Macalé na sexta (29); Arrigo Barnabé, um dos grandes parceiros, e Serena Assumpção, filha de Itamar, no sábado (30) e Ná Ozzetti no domingo (31). O repertório foi escolhido pelo curador Hugo Sukman, jornalista e estudioso da música brasileira, além de aficionado pela obra de Itamar.

A banda Isca de Policia, formada atualmente pelos músicos Paulo Lepetit, Vange Milliet, Marcos da Costa, Jean Trad, Suzana Salles e Luiz Chagas (pai da cantora Tulipa Ruiz), acompanhou Itamar em diversos momentos de sua carreira. A intimidade com a obra é tanta que nos shows é como se Itamar resumisse sua própria obra de forma autoral, com canções que vão desde "Beijo na Boca", "Se eu Fiz Tudo" e "Nego Dito", até músicas lançadas depois da morte de Itamar, como "Anteontem" e "Eu Tenho Medo". As apresentações trazem ainda diversos sucessos como "Dor Elegante", "Zé Pelintra" e "Filho de Santa Maria".

O grupo inicia a homenagem com a companhia de Jards Macalé, com um apanhado geral dos melhores momentos e músicas regravadas por artistas de renome. Arrigo Barnabé e Serena Assumpção são o destaque no sábado (30), apresentando canções do disco “Beleléu”, Leléu, Eu” e as principais obras do período do Teatro Lira Paulistana. No domingo (31) a homenagem se encerra com a presença de Ná Ozzetti. A apresentação se foca na fase dos discos “Bicho de Sete Cabeças”, “Sampa Midnight”, “Isso Não Vai Ficar Assim” e “Intercontinental. Quem Diria? Era Só o Que Faltava.”


Itamar Assumpção e a banda Isca de Polícia
 - Itamar Assumpção nasceu em 1949 na cidade de Tietê, interior de São Paulo, e foi um dos mais importantes nomes da chamada Vanguarda Paulistana, movimento que eclodiu na década de 80 rompendo com as gravadoras.

O Festival de Música da Feira de Artes da Vila Madalena, promovido pelo teatro Lira Paulistana em 1980, revelou "Nego Dito", canção que ficou em terceiro lugar e deu nome ao artista. Itamar fez samba, reggae, funk, rock e até rap, acompanhado da banda Isca de Polícia.
Teve a maioria de seus projetos lançados de forma independente para não correr o risco de ter sua criatividade direcionada pelas gravadoras.
O artista usou e abusou da criatividade e sua obra foi gravada por nomes como Zelia Duncan, Rita Lee, Monica Salmaso, Zizi Possi, entre outros. Itamar Assumpção faleceu vítima de câncer em 2003.

Jards Macalé - Nascido em 1943 no Rio de Janeiro, Jards Macalé iniciou a carreira em 1965, como violonista. Lançou o primeiro disco “Só Morto” em 1969. Fez parcerias com Maria Bethânia, Nara Leão, Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Naná Vasconcelos, Glauber Rocha e Vinícius de Morais.

Compôs trilhas sonoras para filmes como “Amuleto de Ogum”, “Macunaíma”, “O Dragão da Maldade conta o Santo Guerreiro” e para peças de teatro. Macalé se tornou parceiro de Kid Morengueira em 1976, com o samba-de-breque “Tira os Óculos e Recolhe o Homem”. Suas composições foram interpretadas por cantores como Gal Costa, Maria Bethânia, Camisa de Vênus e O Rappa.
Arrigo Barnabé - Arrigo Barnabé nasceu em Londrina em 1951, mas foi em São Paulo que iniciou a carreira artística com “Clara Crocodilo”, em 1980. Já em 1984 foi reconhecido internacionalmente pela revista francesa Jazz Hot como um dos melhores do mundo.
Foi um dos grandes parceiros de Itamar Assumpção, participando de shows por todo o Brasil, em 1991. Gravou "Façanhas” em 1992 e, depois de quatro anos sem gravar, lançou o “Ed Mort”, em 1997. Foi um dos líderes da vanguarda paulista, baseando seu trabalho na experimentação.
Durante sua carreira foi premiado em diversos festivais, como Riocine Festival pela trilha sonora dos filmes “Estrela nua”, de José Antônio Garcia e Ícaro Martins, e “Cidade oculta”, de Chico Botelho; no Festival de Cinema de Brasília como melhor trilha sonora pelo filme “Vera”, de Sérgio Toledo; no Festival de Cinema de Curitiba como melhor trilha sonora do filme “Lua cheia”, de Alain Fresnot; além do prêmio da APETESP de melhor composição para teatro, pela musica de “Santa Joana”.
Serena Assumpção - Serena Assumpção, filha de Itamar, nasceu em São Paulo e é cantora e produtora cultural. Iniciou a atuação com música no exterior, dando aulas de percussão na Efterskole, na Dinamarca.
Compôs a música “Tempo” em parceria com André Abujamra e participou das primeiras formações da banda paulistana DonaZica. Seu trabalho mais recente é a produção de “Namburuquê”, registro de pontos de candomblé, além das traduções de poemas de Leide Moreira.
Ná Ozzetti - Maria Cristina Ozzetti, mais conhecida como Na Ozzetti, nasceu em São Paulo em 1958. A cantora transita com facilidade entre os clássicos da MPB, o rock e o samba.
A carreira artística iniciou no final da década de 70, com o grupo Rumo, que gravou cinco LPs. Partindo para a carreira solo, gravou "Na Ozzetti" em 1988 e conquistou o prêmio Sharp de revelação. O segundo álbum, intitulado “Ná”, conquistou mais dois prêmios Sharp, e dando sequência a diversos outros trabalhos.




Serviço:
Local: Caixa Cultural de Curitiba
Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro
Data e horário: de 29 a 31 de julho de 2011 – sexta e sábado às 21h e domingo às 19h
Preço: R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)