21 de set. de 2011

''ERROS'' ? ATÉ NAS MELHORES FAMÍLIAS

Propaganda dos 150 anos da Caixa Econômica Federal trazia equivocadamente Machado de Assis   ''branco''

Caixa faz comercial com Machado de Assis   ''branco''


Veja o Comercial




Campanha equivocada da Caixa foi removido do ar, mas pode ser visto na internet. A propaganda trazia Machado de Assis como um cliente do Banco Caixa, mas o ator que representava Machado era branco.

Em nota, a Caixa informou que suspendeu a veiculação de sua última peça publicitária, a qual teve como personagem o escritor Machado de Assis. O banco pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial.

Leia nota na íntegra

A Caixa Econômica Federal informa que suspendeu a veiculação de sua última peça publicitária, a qual teve como personagem o escritor Machado de Assis. O banco pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial.

A CAIXA reafirma que, nos seus 150 anos de existência, sempre buscou retratar, em suas peças publicitárias, toda a diversidade racial que caracteriza o nosso país. Esta política pode ser reconhecida em muitas das ações de comunicação, algumas realizadas em parceria e com o apoio dos movimentos sociais e da Secretaria de Política e Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) do Governo Federal.
A CAIXA nasceu com a missão de ser o banco de todos, e jamais fez distinção entre pobres, ricos, brancos, negros, índios, homens, mulheres, jovens, idosos ou qualquer outra diferença social ou racial.

Jorge Hereda

Presidente da Caixa Econômica Federal

SEMPRE NA ''LUTA''

Seminário do Conegro defende a igualdade racial

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                GRUPO ALE AXÉ AZAGUNÃ SE APRESENTA NO SEMINÁRIO
Prefeitura Municipal de Itapecerica da Serra | Atualizado em: 21/09/2011 18:07:00


A Câmara de Vereadores de Itapecerica da Serra ficou lotada durante o 2º Seminário do Conselho Municipal do Negro, realizado na última sexta-feira, 16 de setembro. Autoridades, público em geral e alunos da Escola Estadual Antônio Florentino, do Jardim Jacira, prestigiaram o evento, que teve apresentações e palestras com o tema: “Itapecerica na Luta Pela Igualdade”.

Após a exibição de um vídeo da Unicef sobre igualdade, com o ator Lázaro Ramos, 
a abertura do seminário ficou a cargo do grupo Ale Axé Azagunã. Mãe Alessandra e demais integrantes fizeram uma apresentação sobre a cultura do candomblé, tema tratado logo em seguida por Ogum Cássio.

A mesa de trabalho foi composta pelo presidente do Conegro, Paulo Sérgio Barboza (PC); vereador Clóvis Pinto; Kátia Trindade, coordenadora de Políticas Públicas para Igualdade Racial; Dr. Anderson Borba, do Conegro de Taboão da Serra; e Gilberto Rodrigues, um dos precursores do movimento negro organizado em Itapecerica.
A apresentação do mestre Oriquerê, com seu boneco Juvenal, deu prosseguimento ao seminário. O show de ventriloquismo arrancou gargalhadas dos presentes num momento de muita interatividade.
O grupo de capoeira Tupinambá, com o mestre Canibal, mostrou todo seu repertório. Após muitos aplausos, Canibal discursou sobre a história e a importância da capoeira no Brasil.
“A discriminação às vezes parte de nós mesmos, ao nos sentirmos inferiores ou nos colocarmos como inferiores ao nosso semelhante”, discursou o vereador Professor Clóvis Pinto. Também marcaram presença no seminário os vereadores Tonho Paraíba, Dr. José Martins Filho e Comendador Lombardi.
O representante do movimento negro de Taboão da Serra Dr. Anderson Borba falou da importância da organização e contou como foi a criação do Conegro em Taboão. As dificuldades que os negros enfrentam no dia-a-dia e o preconceito sofrido na mídia também foram tratados pelo integrante da Comissão Anti Racismo da OAB de Taboão da Serra. “Nas novelas, o negro normalmente é colocado com empregada ou bandido”, explicou Anderson.
Para o presidente do Conegro e organizador do seminário, Paulo Sérgio (PC), o sucesso do evento foi possível graças ao empenho de apoiadores como Fernando Oliveira, Kátia Trindade e Marinalva Lima de Sousa. “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, com certeza haverá guerra”, filosofou PC, que acrescentou: “A discriminação é uma grande bobagem. Não existe diferença entre raças, somos todos da raça humana. Seja qual for a religião, seita ou credo que cada um siga, a pregação de igualdade é a única que deve ser considerada”.
Kátia Trindade destacou a comemoração dos 80 anos da Frente Negra Brasileira e exaltou as conquistas do movimento negro no município. “A luta pela igualdade está acima de qualquer partido e qualquer credo”, concluiu.
De acordo com o prefeito Jorge Costa, o movimento negro de Itapecerica da Serra cada vez mais se destaca na busca pela igualdade racial.

''PALAVRAS EM VÃO''


Apenas dois policiais civis trabalham por plantão em Cachoeira. O jeito é sair em dupla à caça do fundador do Primeiro Comando do Interior

Todas as manhãs, ele toma banho na Prainha, às margens do Rio Paraguaçu, em Cachoeira, Recôncavo da Bahia. Almoça tucunaré nos bares à beira do rio, transa com prostitutas da Rua do Brega e ainda arrasta meninas para os trilhos do trem para tomar espumante após noites de orgia. 
O CORREIO acompanhou a operação do delegado Laurindo Neto e do investigador Renilson Mota dos Reis na tentativa de capturar o traficante Edimilson Bispo dos Santos Júnior -  ''FOTO''

Essa é a rotina do traficante Edmilson Bispo dos Santos Júnior, 27 anos, fundador da facção Primeiro Comando do Interior (PCI) que propaga que tem o corpo fechado em três terreiros de candomblé. 

Na trincheira oposta, com apenas uma carabina e uma pistola, estão os representantes da Polícia Civil de Cachoeira que tentam capturar o homem que se inspirou na facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). 

Ontem, o CORREIO acompanhou a operação do delegado Laurindo Neto e do investigador Renilson Mota dos Reis na tentativa de capturar o traficante. Sim, a operação contou apenas com dois policiais - efetivo normalmente disponível na Polícia Civil de Cachoeira por cada plantão. 

“Estamos ungidos pelo poder de Deus para nos proteger. Mesmo em número pequeno, Deus está do nosso lado. Quer exército maior?”, diz o delegado, que é evangélico, antes de iniciar a caçada. 

Mesmo com rotina regrada, a extensa rede de contatos de Júnior dificulta a sua captura, independentemente do efetivo policial. Com direito a ter que se esconder de tiros deflagrados num matagal, a reportagem percorreu com a polícia os cinco locais onde Júnior mantém apoio na cidade - Linha do Trem, bairro Morumbi, bairro Manoel Vitório, Viradouro e Rua do Brega. 

“Ele monitora todos os passos da polícia através de informantes que circulam na cidade com celulares e avisam sobre os nossos deslocamentos”, revela o delegado, que assumiu a titularidade da Delegacia de Cachoeira há quatro meses.

Transportando pedras de crack em fundos falsos de gaiolas de passarinho, soldados do tráfico a serviço de Júnior atravessam a cidade pela linha férrea centenária que passa a apenas 100 metros da delegacia. 

“Eles ficam em cima da linha do trem levando a droga para um lado e para outro. Pela linha do trem, os bandidos chegam até o bairro Viradouro, conhecida como a cracolândia de Cachoeira”, explica Laurindo Neto. 

Apreensões: 

No Viradouro, a zona de conflito se configura com mais intensidade. Ontem, a polícia apreendeu no bairro uma faca, um cigarro de maconha, cachimbo para crack e um celular usado por informantes de Júnior.No matagal dividido pela linha do trem, foi preciso atirar. “Fizemos isso por estarmos com um número pequeno de policiais. Temos que buscar sempre estratégias para surpreender os soldados de Junior”, explicou o delegado. No bairro, segundo a polícia, há aproximadamente 20 traficantes trabalhando com a anuência de Júnior. “Só vende droga em Cachoeira quem Júnior permite”, diz Neto. 

Aviões: Para manter o funcionamento do seu esquema de informantes, Júnior conta com o apoio de adolescentes e alguns motociclistas, que agem camuflados de mototaxistas. “Eles fazem o transporte da droga para São Félix e  cidades próximas com motos e usam até  canoas para atravessar o Rio Paraguaçu”, diz o delegado. 

Suspeito de ser informante de Júnior é abordado durante incursão
São os aviões do tráfico os responsáveis pelos assaltos nos centros comerciais de Cachoeira. Ontem, durante a incursão dos dois policiais, um menor teve seu celular apreendido pelo delegado, que suspeita que o jovem seja informante de Júnior. “Em situações suspeitas apreendemos os celulares e mandamos a pessoa pegar na delegacia de posse da nota fiscal. Quem está limpo vai, quem está sujo e envolvido com Júnior nem lá aparece”, contou Neto.

Esconderijos 

As escadas ingrimes e estreitas do bairro Morumbi são desafiadoras para a polícia e úteis para Júnior e seu bando. “Eles sobem isso aqui e somem rápido”, conta o fiel escudeiro do delegado, o ex-comerciário e hoje policial Renilson Mota dos Reis. Do alto do bairro Manoel Vitório, Júnior tem ampla visão de Cachoeira e São Félix. “Nas casas que dão acesso ao bairro, cachorros são usados para proteger os esconderijos das drogas. Já matamos três que nos atacaram em caçadas aos bandidos”, disse Mota. Em algumas das tais caçadas, a Polícia Civil conta com o apoio do único carro da PM da cidade. “Mas nem sempre é possível. Quando não podem, temos que ir na dupla”, diz Mota. Ontem, numa caçada em dupla, Júnior mais uma vez não foi achado.

A VOZ AFRO-BRASILEIRA NO ROCK IN RIO


"O meu terreiro é o palco", diz Milton Nascimento
21 de setembro de 2011  13h56  atualizado às 17:00


Milton Nascimento se apresentará no Rock in Rio. Foto: Anderson Borde/AgNews
Milton Nascimento se apresentará no Rock in Rio
Foto: Anderson Borde/AgNews


Em entrevista à revista QUEM, que chega às bancas nesta quarta-feira (21), o cantor Milton Nascimento falou sobre seus afilhados. "São 118. Se um pai chega com o filho e pede que eu batize, nunca digo não. Tenho afilhados no candomblé, espiritismo, catolicismo e budismo", declarou.
Com 68 anos de idade, o cantor relembrou uma das apresentações que fez na época da ditadura militar e disse ter sentido a presença de Deus. "No meio do show, apareceu, do nada, uma luz amarela muito forte da plateia. Víamos o brilho dos olhos das pessoas. Falei: 'Poxa, como é que posso ser tão burro? O meu terreiro é o palco'. Desde então, o palco é a coisa mais importante da minha vida".
No dia 23, Milton subirá ao palco do Rock in Rio para a fazer a abertura do evento. Durante a entrevista, ele contou que os três minutos de silêncio pela paz mundia o emocionou na edição de 2001 do festivall. "Quase caí do palco. Mexeu tanto comigo que ia cantar Imagine, do John Lennon, mas não estava aguentando, chorava mesmo. Entrei no camarim e James Taylor e Sting começaram a me acalmar", lembrou.
Ele disse também que já sentiu inveja de Paul McCartney por ter tido a ideia de usar ébano e marfim nas teclas do piano, representando a integração racial, na música Ebony and Ivory. "Um dia, estava em casa e começou a tocar no rádio. Fui prestando atenção à letra e, no fim, tive vontade de quebrar o piano ou me quebrar. Fiquei uma fera, queria ter feito aquela música, inveja total", comentou.

AS BOAS NOTÍCIAS


Para o Candomblé, a 8ª Noite de Oração pela Paz, que acontecerá no dia 21, sintetiza a necessidade de união entre as religiões em busca de um bem comum, a paz.
O Candomblé é uma das oito religiões que participam do evento e integram o Grupo de Diálogo Inter-religioso (GDI) de Maringá, fundado em março de 2007.
"Como todas as religiões, nós buscamos a paz. Unindo-se, as religiões mostram que o povo deve se unir também", diz Maria de Lourdes Nascimento, a Mãe Lourdes, representante do Candomblé no GDI.

Arquivo/DNP
Para Mãe Lourdes, evento do dia 21
ajuda a vencer o preconceito
"Somos todos filhos de Deus, da Mãe Natureza e da Mãe Terra, então somos todos irmãos", sintetiza.

Na avaliação dela, o evento além de buscar a paz, é uma oportunidade de as pessoas conhecerem o Candomblé. "É bom saber que estamos sendo aceitos e vistos com mais humanidade e menos preconceito. O Candomblé sofre preconceito e, assim, temos a oportunidade de mostrar que, como todo mundo, lutamos pela vida, pelo amor no mundo, pela paz. Se quisermos ter um mundo sem guerras é preciso que exista a paz entre as religiões", afirma.
Na Noite de Orações pela Paz, o Candomblé versará sobre a paz interior. O tema mostrará que os homens devem, em primeiro lugar, ter paz dentro de si para depois irradiá-la entre todos os povos.
"No GDI, temos a oportunidade de conhecer a outras religiões e debater temas importantes como a paz. Temos também a oportunidade de transmitir ao povo que a união faz parte da mudança mundial para melhor", completa Mãe Lourdes. Para ela, o evento do dia 21 alcança seus objetivos. "A cada ano, temos mais pessoas participando", observa.