17 de jun. de 2011

ANTES TARDE DO QUE NUNCA


Lauro de Freitas: 

representantes do povo negro são 

homenageados 


pela CÂMARA MUNICIPAL DE 

LAURO DE FREITAS


A Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas aprovou, no dia (16), duas leis propostas pelo Executivo Municipal que homenageiam representantes do povo negro. O auditório do Centro de Cultura Afro-Brasileira, em Portão, recebeu o nome de Abdias do Nascimento, um dos mais ilustres representantes da luta pela igualdade racial no Brasil, enquanto a Praça de Portão foi batizada com o nome de Raimundo Nonato das Neves, líder cultural de Portão, presidente da Associação São Jorge Filhos da Goméia, do Bloco Afro Bankoma e do Conselho Municipal de Cultura.
De acordo com o superintendente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Suppir), Eriosvaldo Menezes, 82% da população de Lauro de Freitas é afro-descendente.
O município é, portanto, um dos mais negros fora do continente africano. O presidente da Câmara Municipal, Rosalvo, disse que ao aprovar essas leis, a Casa presta sua homenagem dois homens que foram importantes para o município e para a defesa dos direitos dos afro-descendentes.
Sobre Abdias, o secretário de Governo Ápio Vinagre destaca que “praticamente todas as políticas públicas do país conquistadas pelos afro-descendentes têm relação direta com a trajetória de Abdias Nascimento. Ele é referência de toda população negra” – avalia. Além de líder político e ativista social, o homenageado, morto em 24 de maio deste ano, atuou também como escritor, artista plástico e jornalista.
Sobre Raimundo Neves, Vinagre assinala os projetos culturais liderados por ele, que dão oportunidade profissional aos jovens de Portão. “Raimundo deu uma contribuição fantástica para a cultura e a vida da sua comunidade”. Graças a ele, são realizadas oficinas de tecelagem, de confecção de instrumentos musicais e de adereços afros, e são oferecidas aulas, dentre outras, de capoeira, de dança e de música. O terreiro se tornou o Ponto de Cultura Bankoma, hoje referência nacional. “Atua como um grande reforço da cidadania” – frisa Ápio Vinagre. Raimundo Neves faleceu no dia 31 de maio
Entre as políticas de igualdade racial adotadas no município, Eriosvaldo Menezes destaca a capacitação dos professores para pôr em prática a lei federal 10639/2003, que inclui a história e a cultura afro-brasileira nos currículos escolares, e a qualificação dos profissionais de saúde contra o racismo institucional. Há também programa especial para combater a anemia falciforme, que acomete principalmente a população negra. Como forma de fortalecer a auto-estima e valorizar a cultura local, a Suppir promoveu a produção de CDs de grupos populares, que foram distribuídos gratuitamente e divulgados fora do Estado. As informações são do Decom

O CAMINHAR DA ARTE AFRO

I Jornada Severino Sombra - Tema: A Cultura Afro-Brasileira nas Diversas Áreas do Conhecimento
Vassouras
A Pró-Reitoria de Extensão Universitária promove, de 6 de junho a 3 de julho de 2011, a I Jornada Severino Sombra, inspirada na comemoração ao Ano Internacional dos Povos Afro-Descendentes. O evento possibilita o intercâmbio de saberes entre universidade, comunidades e entidades culturais. Serão 30 dias de atividades educativas, culturais, artísticas e esportivas, que contemplam três áreas: educação e cultura, inclusão social e saúde e ambiente.

Há 10 anos surgiu a Semana Severino Sombra, que teve início em 2001, para homenagear e manter a memória da obra de Severino Sombra de Albuquerque, fundador da instituição e devido à diversidade de temas explorados e discutidos ao longo do tempo, se transformou em jornada. 

A solenidade de abertura se deu com a presença  do Dr. Américo da Silva Carvalho, presidente da Fundação Educacional Severino Sombra; profa. Dra. Ana Severiano de Paiva, reitora da USS; prof. Dr. Marco Antonio Soares de Souza, vice-reitor e pró-reitor de Ensino de Graduação; profa. Consuelo Mendes, pró-reitora de Extensão Universitária; profa. Dra. Marise Maleck de Oliveira Cabral, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, prof. Aristides Praxedes Dias Neto, diretor da Região Centro-Sul da Secretaria de Estado de Educação.

As atividades têm o objetivo de alcançar, não só a comunidade universitária, mas a sociedade, como forma de contribuir na discussão e entendimento da identidade afro-descendente e sua valorização cultural. Promove-se, desse modo, no espaço universitário, o debate acerca da história e cultura dessas populações, como forma de estimular a pesquisas e o estudo que levem à construção de novas relações sociais.

O presidente da Fusve em seu pronunciamento se disse satisfeito por continuar o trabalho do general Sombra, e ver o envolvimento da academia. Este grande evento é motivo de orgulho, porque sabemos que crescemos e prosperamos dentro de um ideal que é semear a cultura, o ensino, a igualdade, e acima de tudo, primar pelo valor acadêmico, afirmou Dr. Américo Carvalho.

Professores, em parceria com alunos, desenvolvem programas articulados às áreas de extensão e de pesquisa que visam a estimular o desenvolvimento social e o espírito crítico.

Em seu discurso, a profa. Ana Maria Severiano falou da celebração dos 14 anos da Universidade e fez um convite. Todos estão convidados para participar dessa Jornada de 30 dias que se abre, então, com o aniversário do General Sombra e que se fecha com o aniversário da Universidade. Sonho e sonhadores se juntarão, ressalta a reitora da USS.

A ARTE ITINERANTE

Grupo Afro Condart realiza performance na Ponte Estaiada

O Grupo de percussão, teatro e dança afro apresenta o espetáculo "Mais Zumbi" na capital.


O Grupo de percussão, teatro e dança Afro Condart prepara o espetáculo “Mais Zumbi” e já apresenta em Teresina uma prévia nesta sexta-feira, às 16h, no Arte Itinerante da Ponte Estaiada. A Banda de Música Villa Lobos também toca na mesma tarde. A entrada é gratuita.

O projeto Arte Itinerante é uma realização da Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, que também mantêm a Banda de Música infanto-juvenil Vila Lobos, da Escola José Omatti, bairro Piçarreira, zona leste da capital. Eles tocarão marchas militares, dobrados, maxixe, samba, forró, axé, sob regência dos maestros Gustavo Sales e Paulo Ricardo.

O Grupo Cultural Afro Condart, da Vila São Francisco Norte, conta com 25 integrantes e um repertório direcionado ao regional, com músicas próprias, e exaltação da negritude. O grupo está se preparando para realizar uma caravana cultural, percorrendo 38 municípios do estado do Piauí e contando histórias com lendas piauienses, versões dos hinos de Teresina e do Piauí em estilo afoxé, além de tributos a Gilberto Gil, Caetano Veloso, Sandra de Sá, Lázaro do Piauí, dentre outros.

Afoxé é definido popularmente como um ritmo do Candomblé, tendo a marcação do agogô como sua batida característica. O grupo Afro Condart oferece oficinas a seus integrantes aos sábados, das 8h às 11h, na Associação de Moradores da Vila São Francisco Norte, na Rua Júlio Paiva, N° 5755. Os interessados em integrar a equipe, precisam apenas comparecer à oficinas ou entrar em contato pelos telefones            (86) 8841-0286       ou             (86) 9446-6828      .
 

Serviço
Evento: Arte Itinerante
Data: 17/06/11
Horário: 16h
Local: Teatro de Arena

Casa de Metara comemora 14 




anos com culto ecumênico



Um culto ecumênico formado por representantes da igreja católica, evangélica, do candomblé e do espiritismo pediu bênçãos à Casa de Metara no dia em que completou 14 anos.
A Casa de Metara é uma unidade socioassistencial da Prefeitura de Teresina, desenvolve ações educativas na busca da inclusão social com cidadania, de adolescentes e jovens que se encontram em situação de rua, trabalho infantil, drogadição, expostos às mais diversas formas de violência, com vínculos familiares e comunitário fragilizados e ainda em cumprimento de medidas sócio-educativas de liberdade assistida e Prestação de serviço à comunidade.
O projeto é mantido pela Prefeitura de Teresina através da Secretaria Municipal do Trabalho Cidadania e Assistência Social( SEMTCAS), e conta como parceiro o Grupo Votorantim, atendendo 35 adolescentes encaminhados pelos Centros de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) ou pelo Conselho Tutelar.
Graça Amorim, secretária da SEMTCAS, lembra que em breve a Casa de Metara terá uma sede própria no Bairro Redenção e a ampliação do atendimento. "Nossa meta é atender 120 jovens. No novo espaço eles terão mais espaço para desenvolver atividades esportivas, pedagógicas e culturais. O projeto da construção do prédio prevê contempla todas estas atividades", destaca.

Na Casa de Metara, os adolescentes participam de atividades sócio-educativas que abrangem apoio pedagógico e visa o reforço do relacionamento com a comunidade e com a família. Na casa há instrutores para música, esporte , teatro e instrutor pedagógico.

Após o pedido de bênçãos do católico Frei Aguiar, do babalorixá Luandesey Ti Osum, do evangélico Pastor Carlos e do Espírita Coronel José Lúcio, houve apresentações artísticas, de dança das meninas da Casa de Zabelê e de teatro da Casa de Metara.
A coordenadora da Casa de Metara, Patrícia Torres, enumerou o trabalho desenvolvido no local graças a parceria da Prefeitura de Teresina com o grupo Votorantim "O grupo Votorantim contribui para que os serviços de atendimento dos adolescentes sejam intensificados através de práticas educativas, preventivas, terapêuticas e capacitação profissional. Isso fortalece a parceria com a Prefeitura de Teresina e permite a inclusão destes jovens", ressalta Patrícia.

O adolescente J. S. conta que a sua vida mudou após a sua integração ao grupo de meninos da Casa de Metara. "Agora a gente enxerga a vida diferente. Eu gostaria que outros jovens pudessem participar para diminuir a violência e o usos de drogas no Piauí", finaliza.

''ESTRADA DA CACHAÇA'' CELEBRA AGUARDENTE




O líder comunista pernambucano Gregório Bezerra (1900-1983) conta em seu livro de memórias que, na infância, sua mãe lhe dava um gole de pinga logo que ele acordava, ainda de madrugada, antes de sair para trabalhar no campo com o resto da família.
A aguardente esquentava seu corpo mirrado e ajudava a esquecer a fome. Pena que o cineasta Pedro Urano não tenha resgatado histórias semelhantes ao se embrenhar pelo interior do Brasil para contar a história da Estrada Real da Cachaça, rota histórica trilhada por tropeiros em lombo de cavalos e burros e que ajudou o Brasil colonial a escoar sua riqueza: os minérios preciosos, a comida para os vilarejos que brotavam nas margens e a cachaça, um subproduto da cana-de-açúcar.
O documentário "Estrada Real da Cachaça" tem uma proposta ambiciosa, mas não chega a resvalar nas bordas do tema que pretende abordar, nem serve de aperitivo. Se há um mérito no filme de Urano, porém, é o de visitar povoados empoeirados e perdidos no tempo e resgatar um pouco dos usos e costumes do local. De brinde, ouvimos lavadeiras cantando deliciosas cantigas nas quais a cachaça é um personagem importante.
A câmera acompanha o processo de fabricação da cachaça, elaborada ainda de forma quase primitiva por alambiques antigos e familiares e ouve "causos" por onde passa, do litoral fluminense a Minas Gerais — não por acaso, as aguardentes de Paraty (RJ) e de Minas estão entre as melhores fabricadas no país.
Exagero
Mas há um exagero em valorizar aspectos folclóricos da bebida, como o uso da cachaça em rituais de umbanda e candomblé, e mesmo deixar pessoas completamente alcoolizadas darem depoimentos. São pessoas humildes, os típicos pinguços de interior, cuja derrota estampada em seus rostos e enfatizada em gestos exigiria mais respeito de quem se aproxima para 'roubar' sua imagem.

Os depoimentos de especialistas ouvidos, que contextualizam a presença da cachaça na economia colonial, poderiam ser mais aprofundados, inclusive com alguns dados disponíveis sobre esse período, mesmo que limitados. A cachaça brasileira, cantada em verso e prosa por gente erudita e pelos caboclos rudes, poderia ser melhor servida neste retrato.
(Por Luiz Vita, do Cineweb)

Ladra devolve dinheiro após ‘ouvir’ e 'ser convencida' por pomba-gira

17/06/2011 | 09h22min

Uma empregada doméstica de 26 anos foi presa na tarde de quarta-feira acusada de furtar joias e dinheiro da casa do patrão, um desembargador de Justiça, no Alto Leblon, Zona Sul do Rio. Ela entregou os R$ 600 de volta, mas as joias estão desaparecidas. Segundo policiais militares do 23º BPM (Leblon), a jovem teria confessado o crime e dito que devolveu o dinheiro após ser convencida pela entidade da Umbanda e do Candomblé Maria Padilha (a conhecida Pomba-Gira).
De acordo com policiais do 23º BPM (Leblon), a desconfiança sobre a empregada surgiu na própria quarta-feira, quando o desembargador e a esposa deram falta do dinheiro que estava em uma cômoda. Eles também perceberam o sumiço de algumas joias. Os patrões tentaram argumentar com a doméstica, para saber se ela tinha algo a ver com o sumiço das notas, mas, como não tiveram sucesso, resolveram chamar a polícia.
Aos policiais, a empregada teria confessado o furto do dinheiro e das joias. Ela surpreendeu dizendo que devolveria os R$ 600 aos patrões por ter sido convencida pela pomba-gira Maria Padilha. A presa também revelou que havia embrulhado as joias em um papel laminado e jogado em mata que fica atrás do prédio do casal. Durante duas horas, os PMs fizeram buscas no local, mas nada encontraram.
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