1 de mar. de 2018

O "ocultismo do preconceito"!



As vozes silenciosas da discriminação!
Chega! Não dá mais para calar!


Justiça impõe regras para cultos de Candomblé em MGp
Foto: Agência Brasil. Informações do site Brasil de Fato.



Representantes e praticantes das religiões de matriz africana realizaram um protesto, na última terça-feira (18), contra a intolerância religiosa. Vestidos de branco, eles se posicionaram em frente ao Ministério Público e pediram por respeito às tradições da cultura afro-brasileira.
O caso que culminou na manifestação diz respeito a uma imposição da Justiça de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que estipula dia, horário e como devem ser realizados os cultos em um terreiro de Candomblé da cidade.
De acordo com as novas regras, a casa poderia executar as atividades somente nas quartas-feiras e em um único sábado do mês, utilizando apenas um atabaque. Caso as normas não sejam cumpridas, o terreiro está sujeito a multa diária de R$ 100. O documento proíbe, inclusive, a prática de cultos silenciosos fora das datas.
O que reivindicamos é simplesmente a igualdade de tratamento. A promotoria pública foi preconceituosa, discriminatória. Pensa que é Deus e fala como, quando e a hora que podemos rezar. Estamos lutando por um direito nosso“, afirma a diretora do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), Makota Celinha.
Contra a medida, uma reunião foi realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a presença do Procurador Geral de Justiça de Minas, Antônio Sérgio Tonet, do secretário de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), Nilmário Miranda, e representantes das religiões de origem africana.
No encontro, Tonet e Nilmário se comprometeram a negociar a suspensão da medida. Além disso, será organizada uma audiência pública com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) e o Ministério Público para tratar do assunto. O Cenarab também ajuizou uma ação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para barrar a imposição.

Mostra Fotográfica na Bahia

Exposição fotográfica "Aféto" revela as relações de afeto nos terreiros de Candomblé na Bahia  (Foto: Roger Cipó/Divulgação)
Exposição fotográfica "Afeto" revela as relações de afeto nos terreiros de Candomblé na Bahia (Foto: Roger Cipó/Divulgação)

A exposição fotográfica "AFETO", do fotógrafo paulista Roger Cipó, foi aberta ao público no dia 23 de janeiro, às 18h, na Casa do Benin, localiza no Pelourinho em Salvador. Com a entrada é gratuita.
A mostra revela as relações de afeto nos terreiros de candomblé, a partir do olhar do fotógrafo. A curadoria é de Marco Antonio Teobaldo.
A exposição fica disponível para o público até 3 de março, de segunda a sexta, das 10h às 17h, sempre com entrada gratuita.
Ao percorrer dezenas de terreiros no estado de São Paulo e Rio de Janeiro, e vivenciar as diferentes manifestações de fé afro-brasileira, Roger Cipó registrou imagens que revelam a interação dos fiéis, como uma família ao redor das obrigações sagradas, e durante as cerimônias, quando os orixás manifestam o afeto por meio de sacerdotisas e sacerdotes.

SERVIÇO

Exposição AFETO na Casa do Benin
Abertura: 23 de janeiro de 2018 - 18H
Visitação: 24 de janeiro a
03 de março de 2018 – de segunda à sexta, das 10h às 17h.
Rua Padre Agostinho Gomes, 17 - Pelourinho - Salvador- fone: (71) 3202-7890
Gratuita