Baba Iyamife, Diego de Logun Edé e Wilton de Oxossi visitaram ontem o Jornal da Manhã
Baba Iyamife, autoridade em candomblé, foi de São Paulo para Ponta Grossa/PR especialmente para receber uma homenagem, no próximo dia 28, concedida a ele, pelo Conselho Mediúnico do Brasil, federação estadual que é sediada em Curitiba. O motivo é sua importância em trabalhos que referenciam a africanidade na região dos Campos Gerais. Baba Iyamife também aproveita a passagem por Ponta Grossa, onde permanecerá por cerca de dez dias, para dar início a ações para difundir informações sobre o candomblé na cidade. Nesse sentido, a intenção é promover atividades que venham esclarecer melhor a população, não apenas sobre a religião, mas também sobre a cultura, culinária, vestimentas e linguagem relacionadas ao candomblé. “Existe a crença errada de que candomblé e umbanda cultuam demônios. Algo totalmente errado, já que nós nem mesmo acreditamos em um ser que possa competir com Deus, sendo ele ‘'o Todo-Poderoso”, explica Iyamife. Nos próximos dias, ele pretende organizar na cidade palestras para discutir e esclarecer as atividades do candomblé.
O ritual do candomblé, de origem africana, pode ser considerado, do ponto de vista musical, um oratório dançado. Cada entidade (orixá, exu ou erê) tem suas cantigas e suas danças específicas. O canto é puxado, em solo, pelo pai ou mãe-de-santo e é seguido por um coro em uníssono, formado pelos filhos-de-santos. Da cerimônia participam três instrumentos básicos: os atabaques, o agogô e o piano-de-cuia (aguê). Esse candomblé pode ser considerado mais ou menos ortodoxo, já apresentando como um resumo de várias religiões trazidas pelos negros da África e incorporando elementos ameríndios, do catolicismo popular e do espiritismo.
Nota: Os comentários e opiniões aqui expressadas, são de inteira responsabilidade do JORNAL DA MANHÃ DE PONTA GROSSA (autor: Danilo Kossoski).
The Journal Of The Federation, agradece a colaboração