PE mapeia terreiros de candomblé e cria circuito para estimular turismo
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
A Secretaria de Turismo de Pernambuco lançou hoje um projeto para estimular o chamado turismo étnico no estado, que envolve as manifestações culturais africanas, indígenas e ciganas.
A primeira etapa do projeto vai relacionar os terreiros de candomblé do Recife e das cidades que compõem a Região Metropolitana, criando um circuito de datas festivas e religiosas.
A iniciativa faz parte do calendário do Ano Internacional dos Afro-descendentes ONU em Pernambuco, coordenado pelo Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Étnico-racial, que inclui ações nas áreas de educação, direitos humanos, turismo e comunidades tradicionais, trabalho, criança e juventude, esportes, entre outras.
A estimativa dos representantes de comunidades afro pernambucanas é de que existam pelo menos 1,5 mil terreiros de matrizes africana, afro-brasileira e indígenas no estado. Apenas na RMR, são 94 comunidades quilombolas certificadas e 11 etnias indígenas.
“Ações como esta significam a valorização da cultura, a reversão de um quadro simbólico, também atacando a questão da sustentabilidade econômica das comunidades. Acredito que em um mês poderemos ter uma agenda de atividades”, explicou Suzana Varjão, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares, uma das parceiras do projeto.
Entre as atividades previstas estão cursos de formação para as comunidades tradicionais de terreiros, povos ciganos, indígenas e quilombolas; a divulgação de um calendário etnicoreligioso de Pernambuco e o fomento ao intercâmbio internacional voltado para o turismo étnico-racial. Os primeiros contatos já foram feitos com entidades norte-americanas, angolanas e moçambicanas.
Por Juliana Cavalcanti, da redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
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