23 de jan. de 2012

DE VOLTA À NOSSA ATIVIDADE

OLÁ MEUS CAROS LEITORES DESTE BLOG INFORMATIVO;


ESTAMOS DE VOLTA EM MAIS UM ANO QUE SE INICIA.
DESEJAMOS QUE 2012 SEJA UM TEMPO, EM QUE TENHAMOS AS MELHORES NOTÍCIAS POSSÍVEIS, CABENDO SEMPRE O CERTO E O JUSTO, DE TODA E QUALQUER HISTÓRIA JÁ CONTADA EM TODO O MILÊNIO.
AGRADEÇO À VOCÊ QUE NOS ACOMPANHA DIARIAMENTE EM TODAS AS NOTÍCIAS, SEJA NO TODO OU PARCIALMENTE.
AGRADEÇO AOS NOSSOS FILIADOS QUE, ACREDITANDO EM NOSSO TRABALHO, DEIXAM AS SUAS RESPONSABILIDADES EM NOSSAS MÃOS.

QUE ÒLÒRÚN ABENÇOE A TODOS NESTE ANO DE 2012

CINTIA SOUZA MARQUES
   diretora presidente 

A FÉ MISTA

Na Lavagem do Bonfim, em Salvador, cabe o sagrado e o profano

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Fiéis chegam à Igreja do Bonfim, no Alto da Colina
Foto: Gustavo Maia / NE10/Bahia
Gustavo MaiaDo NE10/Bahia
Na festa da Lavagem do Bonfim, em Salvador, tem lugar para o sagrado e para o profano. Há espaço para o pagode, para o frevo, para o samba. Quem quiser tocar arrocha, toca. Católicos convivem lado a lado com seguidores de candomblé. Enquanto baianas vestidas à caráter jogam água de cheiro no adro da Igreja do Bonfim, no Alto da Colina, pais e mães de santo benzem quem transita pelos arredores da catedral com folhas de arruda.
O Senhor do Bonfim, do Catolicismo, é tão homenageado quanto o orixá Oxalá, do Candomblé. Prova mais que cabal do tão famoso sincretismo religioso baiano. É uma celebração democrática, sem cordas e sem preconceito. Quem encara os oito quilômetros de caminhada entre a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia ao Bonfim para agradecer anda ao lado de quem saiu de casa apenas para se divertir, para a esbórnia. E tudo segue bem.
Quem tem fé, vai a pé. O ditado é levado a sério pela aposentada gaúcha, Maria Antonieta Braga, 70 anos, sendo os últimos 40 vividos na Bahia. Devota de Senhor do Bonfim, há 12 anos ela não perde uma procissão. E faz questão de ir junto com a filha, a arquiteta Adriana Braga, 39. "Essa energia é muito boa. Viemos, acima de tudo, agradecer ao nosso Senhor do Bonfim", comentou dona Maria. 
A baiana Edna Nascimento dos Santos já carrega os traços do tempo no rosto. Preferiu não dizer a idade, mas contou que há cinco anos participa do cortejo, sempre vestida com o indumentário completo de "baiana", com direito a turbante, mesmo quando o termômetro marca quase 35ºC. "Só de saber que estou ajudando a salvar o pai Oxalá é uma emoção maravilhosa. A fé é tão grande que eu nem sinto calor", declarou.
Durante o trajeto, orquestras animam a multidão. Os moldes dos festejos se assemelham ao do Carnaval de Olinda, guardadas as devidas proporções. A diferença, neste caso, é que, além do frevo - muito bem recebido pelos baianos - toca-se pagode, axé, MPB, arrocha e até uma versão da música "I Will Survive", que é considerada um hino gay. Diversidade não falta. Quem também participou do desfile foi o afoxé Filhos de Gandhy.
De acordo com estimativa da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA), em 2011, cerca de 1 milhão de pessoas participaram da procissão. Os números de 2012 ainda não foram divulgados.

A NOSSA LUTA CONTINUARÁ

Ato público contra a intolerância religiosa






Representantes de diversas religiões se reuniram na manhã de ontem na Praça da República para pregar a importância do combate à intolerância religiosa. Um ato foi realizado no anfiteatro da praça para pedir respeito às diferenças.

“Ainda existe muito preconceito, principalmente com religiões como o candomblé e a umbanda, que são taxadas muitas vezes como ‘religião do do diabo’. Queremos estimular o respeito à fé de cada irmão”, disse Alex Barata, membro do Comitê Inter-Religioso do Estado do Pará.

O ato também tinha o objetivo de lembrar a morte de Gilda de Ogun, sacerdotisa do candomblé, que morreu em 2000, em Salvador, após ver sua foto publicada no jornal de uma igreja, onde era taxada como charlatã e acusada de enganar fiéis. “Nessa época chegaram até a invadir terreiros na Bahia. Hoje (ontem) também queremos lembrar esse fato”, afirmou.

Os participantes realizaram uma pequena caminhada pela praça e finalizaram a ação com uma interação poética. A professora Gisele de Souza prestigiou o ato. “Acho esse tipo de ação muito importante. Ainda existe muito preconceito, então estimular o respeito e a aceitação é sempre válido”, opinou.

COMBATE

O Dia de Combate à Intolerância Religiosa é comemorado em todo o Brasil no dia 21 de janeiro. A data foi sancionada pelo então presidente Luis Inácio Lula da Silva, através da Lei nº 11.635/07 (Diário do Pará)