Quiabo é um dos ingredientes do caruru, e parte importante das tradições do dia de São Cosme e Damião
Foto: Renato S. Cerqueira/vc repórter
Foto: Renato S. Cerqueira/vc repórter
Os comerciantes das feiras livres de cidades da Bahia viram as vendas dos ingredientes para o caruru típico do dia de São Cosme e Damião diminuir no último mês de setembro. Com queda estimada em até 60%, a "culpa" é colocada na mudança de crenças religiosas das pessoas.
A venda de produtos como quiabo, camarão, azeite de dendê, castanha, cebola, amendoim e pimenta, que juntos formam o caruru, até rendeu lucros aos vendedores de Salvador, segundo o Sindicato dos Vendedores Ambulantes e Feirantes da Cidade, mas mais em razão do aumento no preço do que pela quantidade. Segundo os vendedores, muitas pessoas, ao optarem por ser evangélicas, deixaram as tradições católicas de lado, prejudicando a venda dos produtos.
Mesmo assim, a aposta no caruru continua forte na Bahia. Após a festa de São Cosme e Damião, o preço do quiabo, por exemplo, diminuiu, chegando a R$ 3 por cem unidades, enquanto na época da data religiosa o valor chegava a R$ 6. Espera-se que a venda aumente proporcionalmente.
O quiabo, inclusive, é parte importante da tradição do caruru e de São Cosme e Damião. Originiária de rituais do Candomblé, surgida na África, uma das tradições da data é que, são colocados sete quiabos no prato, o convidado que pegar ao acaso um desses quiabos deve oferecer ao santo outro caruru.
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