Afoxé de Odé acontece neste sábado em Aracajú
Publicado em 19 de abril de 2012
O Abassá Maria da Paz, liderado pela sua Ialorixá Silvia de Oxum Apará, realiza neste sábado, 21/04, com saída as 14h, da Avenida Coletora “C”, nº 646, Marcos Freire II, cortejo afro na cidade de Nossa Senhora do Socorro, em homenagem a Oxóssi. Será a primeira vez que um abassá realiza cortejo para um orixá masculino.
Com 18 anos de existência, o Abassá Maria da Paz tem como características a união entre seus filhos e a obediência aos Orixás e a Ialorixá, fato que tem despertado sempre muito respeito pela casa e uma grande expectativa em torno do evento. A organização espera bom público e está confiante que o evento será um sucesso.
Oxóssi, que no sincretismo religioso é relacionado com São Jorge, é a divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.
Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxóssi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum.
Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imitam a perfeição, é caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã, e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossaim apaixonou-se pela beleza de Oxóssi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele está associado ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Normalmente apresenta-se vestido de verde. Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança simula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é “corrido” na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.
Fonte : JornaldaCidade.Net
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