Ministra da igualdade racial visita a SE
Publicado em 19 de abril de 2012
Nesta sexta- feira, 20, a ministra de Estado da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, chega a Sergipe a convite da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania (SEDHUC), que realizará a partir das 10h, no auditório da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (AEASE), o lançamento do catálogo ‘Religiões de Matriz Africana em Sergipe’ e cartilha ‘As religiosidades de Matriz Africana e a promoção da Igualdade Racial’, produzidas pela Secretaria de Inclusão Assistência e Desenvolvimento Social(SEIDES), através do projeto Ododuwá, do Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana .
O evento contará com exposição de quadros de Orixás de Lígia Borges, cantos Nagô, entrega de kits com material sobre as religiosidades de Matriz Africana e coquetel de comidas típicas afro. A vinda da Ministra fortalecerá o diálogo entre sociedade civil, movimentos e governo, que contribuirá para romper o preconceito e incentivar o respeito à liberdade de culto.
O lançamento dos catálogos e cartilha com a presença da ministra Luiza Bairros representa um momento importante para a política estadual de promoção da igualdade racial e mais particularmente para nossa secretaria de direitos humanos. São políticas afirmativas que levam a uma maior conscientização da necessidade permanente de combate ao racismo, à discriminação, avançando sempre na promoção da igualdade racial, pontua o secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva.
Importância para os movimentos
É um momento ímpar para o movimento e para as políticas públicas que o Governo já vem implementando desde 2007 com a criação da Coordenadoria de Política de Promoção de Igual Racial (COPPIR). A vinda da ministra é um salto qualitativo porque somos oriundos de uma política nacional, e será positiva para estreitarmos os laços para a vinda de viabilização de projetos voltados para a promoção da igualdade racial. Para o movimento é uma oportunidade de estar mais próximo da ministra, revela o assessor de políticas da promoção de ações afirmativas da SEDHUC, José Cláudio D'Eça.
As comunidades remanescentes de negros comemoram a vinda da ministra. No Estado há 22 comunidades negras quilombolas reconhecidas, três tituladas. Elas são atendidas em todos os sentidos pela presidência da república e por isso esse contato mais próximo é tão esperado. É uma oportunidade que eles têm de falar diretamente sobre seus anseios, pontua o assessor de políticas voltadas para as comunidades quilombolas da SEDHUC, Pedro Neto.
Cartilha e catálogo
A cartilha e o catálogo Religiões de Matriz Africana em Sergipe são frutos de uma articulação entre o movimento das religiosidades (representado pelo Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana), Governo do Estado, e Governo Federal que investiu R$ 200 mil para a viabilização do projeto. De acordo com o assessor das políticas de religiosidade de matriz africana da SEDHUC, Irivan de Assis, o catálogo é um pré-mapeamento dos terreiros de candomblé e de umbanda do Estado. Ele nos ajuda a identificar onde estão esses terreiros, para que a história e a identidade das religiões de matriz africana fiquem na memória de todos nós. É a nossa história, afinal, a sociedade sergipana tem uma forte influência da cultura africana e essas comunidades são a própria identidade negra de nosso Estado, explica Irivan.
Já a Cartilha tem uma função pedagógica. Ela contribui para implementação da lei 10.639I 2003, que fala do estudo da história da África e da cultura afro brasileira. O objetivo é que ela seja instrumento pedagógico nas escolas, para que na base educacional das crianças possamos trabalhar a igualdade racial e o respeito às diversidades, complementa Irivan.
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