23 de jun. de 2011

PARANÁ INCENTIVA CULTURA - 11ª EDIÇÃO



Começa hoje e vai até o dia 10 de julho o Festival de Teatro Brasileiro (FTB) no Paraná. Um rico mosaico composto de espetáculos cênicos, oficinas de qualificação de atores e de formação de platéia concebidas por experientes e consagrados atores, companhias e grupos de Minas Gerais, além de ações de estímulo ao intercâmbio entre grupos, circularão nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa e Araucária. Em sua décima primeira edição, o evento levará ao encontro das platéias paranaenses um diversificado painel da produção cênica de Minas Gerais com o patrocínio da Petrobras, co-patrocínio da Caixa e incentivo do Ministério da Cultura/Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A primeira apresentação, o musical O Negro, a Flor e o Rosário, de Maurício Tizumba, acontece nesta segunda-feira, no Guairão (Praça Santos Andrade, s/nº), em dois horários às 14h e 20h. As sessões são gratuitas e voltadas para alunos da rede pública. No palco serão apresentados contos e personagens da cultura afro-brasileira. Divertido e bem-humorado, o espetáculo tem como eixo temático a mistura de costumes advinda da travessia de negros para o Brasil. Dirigida por Paula Manata, a peça circulou por vários festivais e cidades do interior de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, além de ter integrado a 36ª Campanha de Popularização de Teatro e Dança. A montagem também recebeu prêmio de melhor trilha sonora original no 7º Prêmio Usiminas Sinparc de Artes Cênicas. Ao longo dos 41 dias de realização do Festival do Teatro Brasileiro - Cena Mineira, etapa Paraná, serão apresentados espetáculos, oficinas e realizados bate-papos com o público após apresentações, convites a convivência e troca de experiências profissional entre grupos de Minas e do Paraná, além de um bem estruturado programa educativo para alunos da rede pública. As oficinas gratuitas abordarão desde a preparação corporal e criação de vocabulário físico à criação e apresentação de cenas, no teatro e em espaços públicos, e improvisos; passando por aulas práticas de construção e manipulação de bonecos, aulas teóricas sobre Commedia Dell'arte, bem como técnicas de interpretação a partir de trabalhos de corpo e voz. Oferecidas a um público diversificado, que inclui estudantes e profissionais de dança e teatro, produtores culturais e comunidade em geral, os mineiros certamente deixarão sua marca. No Paraná serão apresentadas doze peças teatrais mineiras: O Negro, a Flor e o Rosário (30/05 no Guairão), Congresso internacional do medo, direção Grace Passo, (dias 23 e 24/06 no Guairinha), Concessa Tecendo prosa, direção Iolene de Stéfano, (dias: 25 e 26/06 no Guairinha e 09/07 e 10/07 no Teatro da Praça em Araucária), Nesta Data Querida, direção Rita Clemente, (dias 02/07 e 03/07 no Teatro José Maria Santos), BarbAzul, direção Ângela Mourão (dias 02/07 e 03/07 no Cine Teatro Ópera Ponta Grossa), Baby Dolls (Dias 27/06 na Praça 19 de dezembro e 28/06 na Praça Generoso Marques), Receita e Massageou seu gato hoje? (dias: 30/06 e 01/07 no Teatro José Maria Santos), Cortiços, direção Tuca Pinheiro (dias: 30/06 e 01/07 no Guairinha), Pedro e o Lobo, direção Álvaro, Apocalypse (dias 02/07 no Cine Teatro Ópera Ponta Grossa e 03/07 no Guairinha), Concessa - Pendura e cai, direção Iolene de Stéfano (dias: 07/07 e 08/07 no Guairinha) e Mania de Explicação, direção: Rodolfo Vaz (Dias: 09/07 no Teatro da Praça em Araucária e 10/07 no Guairinha). Fotos de Netun Lima.

Colaboração: Paraná-Online

22 de jun. de 2011

COTAS NAS FACULDADES !!!?

Júlio Amaral
Coordenador do Memorial Zumbi acredita que as cotas ajudam a reparar injustiças históricas
Espaço para todos: Coordenador do Memorial Zumbi acredita que as cotas ajudam a reparar injustiças históricas


Volta Redonda
A assinatura de um decreto pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) no último dia 6, que estabelece reserva de 20% das vagas em concursos públicos do estado do Rio a candidatos que se autodeclararem negros ou indígenas, está dividindo a opinião de estudantes que se preparam para concursos públicos em Volta Redonda.
A medida - que levará o nome do ex-senador Abdias do Nascimento, um dos pioneiros do movimento negro no Brasil e recentemente falecido - passará a vigorar 30 dias após a sua publicação e será válido por dez anos, sendo inserida no conjunto de projetos e políticas de promoção da igualdade racial pelo Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.
A estudante do quarto ano de Direito Luciene Allemand, de 31 anos, está há três anos estudando em um curso preparatório para tentar um cargo público e é a favor do sistema de cotas para negros e índios, e concorda com o decreto do governador fluminense.
- Sou a favor do decreto estabelecendo as cotas, porque quando o poder público elabora este sistema ele está querendo reparar uma série de injustiças cometidas há anos em nosso país, apesar das cotas tirarem vagas de quem se preparou para um concurso - opinou.
Para Luciene, o ideal seria investir na educação pública, mas isso levaria muito tempo para obter resultado.
- Tenho amigos que foram beneficiados pelo sistema de cotas que não teriam condições de concorrer com os demais postulantes para entrar em uma faculdade. Também acredito que, ainda hoje, algumas pessoas tenham dificuldade de ascender profissionalmente no mercado de trabalho por discriminação racial e não só por falta de preparo - explicou.
O outro lado
Ao contrário de Luciene, a estudante Bruna de Oliveira Araújo, de 24 anos - e que desde janeiro está frequentando um curso preparatório para analista -, é contra o sistema de cotas por achar que todos devem ter chances iguais em concurso público.
- Acho que todos são iguais, independente da cor da pele, e devem ter a mesma chance em um concurso público. Conheço pessoas que entraram pelo sistema de cotas e que eram irmãos gêmeos e somente um foi aceito, por isso acho que ainda há falhas. Outro item que não concordo é a questão da pessoa ter que se autodeclarar negra ou índia, pois pode atrapalhar o acesso de um aluno que seja realmente negro ou índio. O sistema de cotas pode resolver o problema da inclusão das camadas menos favorecidas a princípio, mas acho que a solução seria investir mais na educação pública para melhorar o nível dos estudantes - defendeu.
Para o bacharel em Direito Lourival Luiz Ribeiro, que está se preparando há dois meses para a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) - e se declara negro -, o sistema de cotas não é a solução para que negros e índios tenham mais acesso a vagas em concursos e até em universidades.
- Como negro eu discordo desse decreto, porque acredito que a disputa por um cargo público tem que ser igual para todos, negros ou não. Enquanto isso, os políticos que estão ocupando os cargos públicos usam este sistema de cotas como forma de se autopromover, não pensando nas minorias. O que falta é dar condições iguais para todos, negros, indígenas e brancos, falta o governo investir mais na educação pública e na saúde - criticou.
Para Lourivaldo, hoje em dia não existe discriminação no mercado de trabalho: um negro com doutorado teria a mesma chance que um branco na mesma condição.
- Acho que o negro, aos poucos, vem ganhando espaço na política e no mercado de trabalho - afirmou.
‘Dificuldades ainda existem'
Para Sérgio Gabriel dos Anjos, o Bri, coordenador do Memorial Zumbi dos Palmares e presidente do Conselho Municipal de Políticas e Promoção da Igualdade Racial, as cotas na educação e no mercado de trabalho são necessárias para que o negro e o índio consigam ter o seu status de cidadão. O estatuto da igualdade racial, que foi promulgado em 2010, preconiza em um dos seus artigos que os governos federal, estadual e municipal forneçam mecanismos para restabelecer a dignidade do povo afrobrasileiro.
Sérgio alerta que todos devem lembrar que existiu no Brasil a Lei Áurea, que estabeleceu o fim da escravidão no país há 123 anos, mas que esta não veio acompanhada de qualquer outra medida reparatória para os ex-escravos.
- O negro brasileiro foi durante muito tempo estereotipado como feio, burro e outras coisas mais. Com isso, desenvolveu-se dentro da sociedade brasileira um pensamento equivocado sobre a contribuição africana. A sociedade ainda não conseguiu desvencilhar-se desse pensamento estereotipado e trazer para si a contribuição social, econômica e política dos africanos e seus descendentes para os dias de hoje. Diante dessa situação é preciso tomar providências com medidas compensatórias, como é o caso do sistema de cotas, que venham ajudar a colocar o negro em seu lugar de direito, como protagonista da história do povo brasileiro - defendeu. 
Com relação ao fato do estudante ter que se autodeclarar negro ou indígena para o sistema de cotas, o coordenador do Memorial Zumbi lembrou que muitos têm em sua árvore genealógica antepassados negros ou índios não conhecidos, e que o sistema de cotas viria resgatar esta identidade esquecida.
- Apesar dos avanços do negro na sociedade, nós ainda vamos encontrá-lo em um grande percentual de insignificância nos diversos locais de atividades sociais, daí a necessidade de se ter instrumentos legais como as cotas para incluir esses grupos. Apesar de um ligeiro progresso, os negros ainda encontram dificuldades para serem contratados em determinados empregos. Também é preciso investir mais na educação pública e privada, e que os conteúdos da história africana e afrobrasileira estejam presentes no currículo escolar - finalizou.    



17 de jun. de 2011

ANTES TARDE DO QUE NUNCA


Lauro de Freitas: 

representantes do povo negro são 

homenageados 


pela CÂMARA MUNICIPAL DE 

LAURO DE FREITAS


A Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas aprovou, no dia (16), duas leis propostas pelo Executivo Municipal que homenageiam representantes do povo negro. O auditório do Centro de Cultura Afro-Brasileira, em Portão, recebeu o nome de Abdias do Nascimento, um dos mais ilustres representantes da luta pela igualdade racial no Brasil, enquanto a Praça de Portão foi batizada com o nome de Raimundo Nonato das Neves, líder cultural de Portão, presidente da Associação São Jorge Filhos da Goméia, do Bloco Afro Bankoma e do Conselho Municipal de Cultura.
De acordo com o superintendente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Suppir), Eriosvaldo Menezes, 82% da população de Lauro de Freitas é afro-descendente.
O município é, portanto, um dos mais negros fora do continente africano. O presidente da Câmara Municipal, Rosalvo, disse que ao aprovar essas leis, a Casa presta sua homenagem dois homens que foram importantes para o município e para a defesa dos direitos dos afro-descendentes.
Sobre Abdias, o secretário de Governo Ápio Vinagre destaca que “praticamente todas as políticas públicas do país conquistadas pelos afro-descendentes têm relação direta com a trajetória de Abdias Nascimento. Ele é referência de toda população negra” – avalia. Além de líder político e ativista social, o homenageado, morto em 24 de maio deste ano, atuou também como escritor, artista plástico e jornalista.
Sobre Raimundo Neves, Vinagre assinala os projetos culturais liderados por ele, que dão oportunidade profissional aos jovens de Portão. “Raimundo deu uma contribuição fantástica para a cultura e a vida da sua comunidade”. Graças a ele, são realizadas oficinas de tecelagem, de confecção de instrumentos musicais e de adereços afros, e são oferecidas aulas, dentre outras, de capoeira, de dança e de música. O terreiro se tornou o Ponto de Cultura Bankoma, hoje referência nacional. “Atua como um grande reforço da cidadania” – frisa Ápio Vinagre. Raimundo Neves faleceu no dia 31 de maio
Entre as políticas de igualdade racial adotadas no município, Eriosvaldo Menezes destaca a capacitação dos professores para pôr em prática a lei federal 10639/2003, que inclui a história e a cultura afro-brasileira nos currículos escolares, e a qualificação dos profissionais de saúde contra o racismo institucional. Há também programa especial para combater a anemia falciforme, que acomete principalmente a população negra. Como forma de fortalecer a auto-estima e valorizar a cultura local, a Suppir promoveu a produção de CDs de grupos populares, que foram distribuídos gratuitamente e divulgados fora do Estado. As informações são do Decom

O CAMINHAR DA ARTE AFRO

I Jornada Severino Sombra - Tema: A Cultura Afro-Brasileira nas Diversas Áreas do Conhecimento
Vassouras
A Pró-Reitoria de Extensão Universitária promove, de 6 de junho a 3 de julho de 2011, a I Jornada Severino Sombra, inspirada na comemoração ao Ano Internacional dos Povos Afro-Descendentes. O evento possibilita o intercâmbio de saberes entre universidade, comunidades e entidades culturais. Serão 30 dias de atividades educativas, culturais, artísticas e esportivas, que contemplam três áreas: educação e cultura, inclusão social e saúde e ambiente.

Há 10 anos surgiu a Semana Severino Sombra, que teve início em 2001, para homenagear e manter a memória da obra de Severino Sombra de Albuquerque, fundador da instituição e devido à diversidade de temas explorados e discutidos ao longo do tempo, se transformou em jornada. 

A solenidade de abertura se deu com a presença  do Dr. Américo da Silva Carvalho, presidente da Fundação Educacional Severino Sombra; profa. Dra. Ana Severiano de Paiva, reitora da USS; prof. Dr. Marco Antonio Soares de Souza, vice-reitor e pró-reitor de Ensino de Graduação; profa. Consuelo Mendes, pró-reitora de Extensão Universitária; profa. Dra. Marise Maleck de Oliveira Cabral, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, prof. Aristides Praxedes Dias Neto, diretor da Região Centro-Sul da Secretaria de Estado de Educação.

As atividades têm o objetivo de alcançar, não só a comunidade universitária, mas a sociedade, como forma de contribuir na discussão e entendimento da identidade afro-descendente e sua valorização cultural. Promove-se, desse modo, no espaço universitário, o debate acerca da história e cultura dessas populações, como forma de estimular a pesquisas e o estudo que levem à construção de novas relações sociais.

O presidente da Fusve em seu pronunciamento se disse satisfeito por continuar o trabalho do general Sombra, e ver o envolvimento da academia. Este grande evento é motivo de orgulho, porque sabemos que crescemos e prosperamos dentro de um ideal que é semear a cultura, o ensino, a igualdade, e acima de tudo, primar pelo valor acadêmico, afirmou Dr. Américo Carvalho.

Professores, em parceria com alunos, desenvolvem programas articulados às áreas de extensão e de pesquisa que visam a estimular o desenvolvimento social e o espírito crítico.

Em seu discurso, a profa. Ana Maria Severiano falou da celebração dos 14 anos da Universidade e fez um convite. Todos estão convidados para participar dessa Jornada de 30 dias que se abre, então, com o aniversário do General Sombra e que se fecha com o aniversário da Universidade. Sonho e sonhadores se juntarão, ressalta a reitora da USS.

A ARTE ITINERANTE

Grupo Afro Condart realiza performance na Ponte Estaiada

O Grupo de percussão, teatro e dança afro apresenta o espetáculo "Mais Zumbi" na capital.


O Grupo de percussão, teatro e dança Afro Condart prepara o espetáculo “Mais Zumbi” e já apresenta em Teresina uma prévia nesta sexta-feira, às 16h, no Arte Itinerante da Ponte Estaiada. A Banda de Música Villa Lobos também toca na mesma tarde. A entrada é gratuita.

O projeto Arte Itinerante é uma realização da Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, que também mantêm a Banda de Música infanto-juvenil Vila Lobos, da Escola José Omatti, bairro Piçarreira, zona leste da capital. Eles tocarão marchas militares, dobrados, maxixe, samba, forró, axé, sob regência dos maestros Gustavo Sales e Paulo Ricardo.

O Grupo Cultural Afro Condart, da Vila São Francisco Norte, conta com 25 integrantes e um repertório direcionado ao regional, com músicas próprias, e exaltação da negritude. O grupo está se preparando para realizar uma caravana cultural, percorrendo 38 municípios do estado do Piauí e contando histórias com lendas piauienses, versões dos hinos de Teresina e do Piauí em estilo afoxé, além de tributos a Gilberto Gil, Caetano Veloso, Sandra de Sá, Lázaro do Piauí, dentre outros.

Afoxé é definido popularmente como um ritmo do Candomblé, tendo a marcação do agogô como sua batida característica. O grupo Afro Condart oferece oficinas a seus integrantes aos sábados, das 8h às 11h, na Associação de Moradores da Vila São Francisco Norte, na Rua Júlio Paiva, N° 5755. Os interessados em integrar a equipe, precisam apenas comparecer à oficinas ou entrar em contato pelos telefones            (86) 8841-0286       ou             (86) 9446-6828      .
 

Serviço
Evento: Arte Itinerante
Data: 17/06/11
Horário: 16h
Local: Teatro de Arena

Casa de Metara comemora 14 




anos com culto ecumênico



Um culto ecumênico formado por representantes da igreja católica, evangélica, do candomblé e do espiritismo pediu bênçãos à Casa de Metara no dia em que completou 14 anos.
A Casa de Metara é uma unidade socioassistencial da Prefeitura de Teresina, desenvolve ações educativas na busca da inclusão social com cidadania, de adolescentes e jovens que se encontram em situação de rua, trabalho infantil, drogadição, expostos às mais diversas formas de violência, com vínculos familiares e comunitário fragilizados e ainda em cumprimento de medidas sócio-educativas de liberdade assistida e Prestação de serviço à comunidade.
O projeto é mantido pela Prefeitura de Teresina através da Secretaria Municipal do Trabalho Cidadania e Assistência Social( SEMTCAS), e conta como parceiro o Grupo Votorantim, atendendo 35 adolescentes encaminhados pelos Centros de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) ou pelo Conselho Tutelar.
Graça Amorim, secretária da SEMTCAS, lembra que em breve a Casa de Metara terá uma sede própria no Bairro Redenção e a ampliação do atendimento. "Nossa meta é atender 120 jovens. No novo espaço eles terão mais espaço para desenvolver atividades esportivas, pedagógicas e culturais. O projeto da construção do prédio prevê contempla todas estas atividades", destaca.

Na Casa de Metara, os adolescentes participam de atividades sócio-educativas que abrangem apoio pedagógico e visa o reforço do relacionamento com a comunidade e com a família. Na casa há instrutores para música, esporte , teatro e instrutor pedagógico.

Após o pedido de bênçãos do católico Frei Aguiar, do babalorixá Luandesey Ti Osum, do evangélico Pastor Carlos e do Espírita Coronel José Lúcio, houve apresentações artísticas, de dança das meninas da Casa de Zabelê e de teatro da Casa de Metara.
A coordenadora da Casa de Metara, Patrícia Torres, enumerou o trabalho desenvolvido no local graças a parceria da Prefeitura de Teresina com o grupo Votorantim "O grupo Votorantim contribui para que os serviços de atendimento dos adolescentes sejam intensificados através de práticas educativas, preventivas, terapêuticas e capacitação profissional. Isso fortalece a parceria com a Prefeitura de Teresina e permite a inclusão destes jovens", ressalta Patrícia.

O adolescente J. S. conta que a sua vida mudou após a sua integração ao grupo de meninos da Casa de Metara. "Agora a gente enxerga a vida diferente. Eu gostaria que outros jovens pudessem participar para diminuir a violência e o usos de drogas no Piauí", finaliza.

''ESTRADA DA CACHAÇA'' CELEBRA AGUARDENTE




O líder comunista pernambucano Gregório Bezerra (1900-1983) conta em seu livro de memórias que, na infância, sua mãe lhe dava um gole de pinga logo que ele acordava, ainda de madrugada, antes de sair para trabalhar no campo com o resto da família.
A aguardente esquentava seu corpo mirrado e ajudava a esquecer a fome. Pena que o cineasta Pedro Urano não tenha resgatado histórias semelhantes ao se embrenhar pelo interior do Brasil para contar a história da Estrada Real da Cachaça, rota histórica trilhada por tropeiros em lombo de cavalos e burros e que ajudou o Brasil colonial a escoar sua riqueza: os minérios preciosos, a comida para os vilarejos que brotavam nas margens e a cachaça, um subproduto da cana-de-açúcar.
O documentário "Estrada Real da Cachaça" tem uma proposta ambiciosa, mas não chega a resvalar nas bordas do tema que pretende abordar, nem serve de aperitivo. Se há um mérito no filme de Urano, porém, é o de visitar povoados empoeirados e perdidos no tempo e resgatar um pouco dos usos e costumes do local. De brinde, ouvimos lavadeiras cantando deliciosas cantigas nas quais a cachaça é um personagem importante.
A câmera acompanha o processo de fabricação da cachaça, elaborada ainda de forma quase primitiva por alambiques antigos e familiares e ouve "causos" por onde passa, do litoral fluminense a Minas Gerais — não por acaso, as aguardentes de Paraty (RJ) e de Minas estão entre as melhores fabricadas no país.
Exagero
Mas há um exagero em valorizar aspectos folclóricos da bebida, como o uso da cachaça em rituais de umbanda e candomblé, e mesmo deixar pessoas completamente alcoolizadas darem depoimentos. São pessoas humildes, os típicos pinguços de interior, cuja derrota estampada em seus rostos e enfatizada em gestos exigiria mais respeito de quem se aproxima para 'roubar' sua imagem.

Os depoimentos de especialistas ouvidos, que contextualizam a presença da cachaça na economia colonial, poderiam ser mais aprofundados, inclusive com alguns dados disponíveis sobre esse período, mesmo que limitados. A cachaça brasileira, cantada em verso e prosa por gente erudita e pelos caboclos rudes, poderia ser melhor servida neste retrato.
(Por Luiz Vita, do Cineweb)

Ladra devolve dinheiro após ‘ouvir’ e 'ser convencida' por pomba-gira

17/06/2011 | 09h22min

Uma empregada doméstica de 26 anos foi presa na tarde de quarta-feira acusada de furtar joias e dinheiro da casa do patrão, um desembargador de Justiça, no Alto Leblon, Zona Sul do Rio. Ela entregou os R$ 600 de volta, mas as joias estão desaparecidas. Segundo policiais militares do 23º BPM (Leblon), a jovem teria confessado o crime e dito que devolveu o dinheiro após ser convencida pela entidade da Umbanda e do Candomblé Maria Padilha (a conhecida Pomba-Gira).
De acordo com policiais do 23º BPM (Leblon), a desconfiança sobre a empregada surgiu na própria quarta-feira, quando o desembargador e a esposa deram falta do dinheiro que estava em uma cômoda. Eles também perceberam o sumiço de algumas joias. Os patrões tentaram argumentar com a doméstica, para saber se ela tinha algo a ver com o sumiço das notas, mas, como não tiveram sucesso, resolveram chamar a polícia.
Aos policiais, a empregada teria confessado o furto do dinheiro e das joias. Ela surpreendeu dizendo que devolveria os R$ 600 aos patrões por ter sido convencida pela pomba-gira Maria Padilha. A presa também revelou que havia embrulhado as joias em um papel laminado e jogado em mata que fica atrás do prédio do casal. Durante duas horas, os PMs fizeram buscas no local, mas nada encontraram.
Meia Hora